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A TORNOZELEIRA ELETRÔNICA E O CIRCO POLÍTICO: UM DIA NA VIDA DE BOLSONARO

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POR TIAGO HÉLCIAS Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES A semana terminou com a notícia que agitou os bastidores da política e as redes sociais: a Polícia Federal, em uma operação digna de roteiro de cinema, bateu à porta de Jair Bolsonaro. Documentos apreendidos, tornozeleira eletrônica instalada e um ex-presidente que se diz “humilhado”. Se você pensou que a política brasileira não podia ficar mais interessante, prepare-se, porque o espetáculo está apenas começando. O Que Aconteceu nos Bastidores da Operação? A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), veio com justificativas que parecem saídas de um thriller político. Moraes apontou indícios de coação no curso de processo legal, obstrução de investigação e, pasmem, atentado à soberania. Sim, a soberania! Aparentemente, as “negociações espúrias e criminosas” com autoridades dos Estados Unidos para pressionar o STF contra o julgamento sobre a tentativa de golpe de Estado não caíram muito bem. E, para apim...

O STF E A POLITIZAÇÃO DA JUSTIÇA: QUANDO MORAES VIRA O DONO DO CIRCO

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Por Tiago Hélcias As oitivas realizadas pelo Supremo Tribunal Federal sobre os atos de 8 de janeiro revelam muito mais sobre o teatro político montado por Alexandre de Moraes do que sobre a busca real por justiça. Aquilo que deveria ser um procedimento jurídico sério, técnico e fundamentado transformou-se num espetáculo de vaidades e exposição midiática. O conteúdo? Esse ficou em segundo plano. A forma — e, sobretudo, o protagonismo e a vaidade — tomaram conta. MORAES NO COMANDO DO ESPETÁCULO O ministro Alexandre de Moraes não é apenas relator. É diretor, roteirista, juiz e estrela principal. A cada nova oitiva, o Supremo se aproxima mais de um tribunal de exceção do que de uma corte constitucional. A presença constante das câmeras, os momentos de “descontração”, as provocações teatrais e a condução tendenciosa do processo indicam um Judiciário que deixou de ser imparcial para assumir, sem pudor, um papel político central na história recente do Brasil. BOLSONARO E O JOGO DE CENAS Duran...

Mordaça Seletiva: Quando o riso vira crime e o crime vira piada

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Por Tiago Hélcias Daqui, da Terra de Camões, onde estou atualmente, acompanho com o olhar atento de quem passou quase três décadas nas redações brasileiras a notícia que ecoa pelos portais: o humorista Léo Lins foi condenado a oito anos e três meses de prisão. Sim, você leu corretamente: OITO ANOS DE PRISÃO. Por quê?? Por contar piadas!! Após quase 30 anos de jornalismo profissional, tendo atuado na apresentação, produção e direção de diversos telejornais e radiojornais nas principais emissoras do Brasil, observo à distância, mas com o coração apertado, o rumo que meu país natal tem tomado. A Condenação que Chocou o Mundo do Humor A Justiça Federal não apenas determinou a prisão de Léo Lins em regime inicialmente fechado, como também impôs uma multa equivalente a 1.170 salários mínimos e uma indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos. O motivo? Um vídeo de stand-up comedy intitulado “Perturbador”, que continha piadas sobre diversos grupos sociais. Como bem apontou a defesa...