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R$ 2 BI ROUBADOS E A ROTINA DA VERGONHA: POR QUE A CORRUPÇÃO NUNCA SAI DO PODER NO BRASIL?

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No Brasil, escândalo de corrupção virou tradição — quase uma instituição. A cada governo, o discurso é renovado: “agora vai”, “o Brasil mudou”, “chega de corrupção”. Mas o roteiro continua o mesmo. Atores diferentes, partidos diferentes, narrativas diferentes — só que os desvios seguem firmes, e o rastro de dinheiro público some como se fosse mágica. Só não é truque: é método. Agora, o capítulo da vez envolve o INSS, a Contag e o Congresso Nacional. Um escândalo que combina desvio bilionário, entidades de fachada e parlamentares agindo como estafetas de interesses privados. Tudo sob o silêncio ensurdecedor de um governo que, embora novo em número, carrega os velhos vícios de sempre. A Entidade Que Finge Defender, Mas Rouba: O Caso da Contag Dois bilhões de reais. Esse é o valor que teria sido desviado da aposentadoria de trabalhadores e aposentados através de descontos indevidos promovidos pela Contag — uma entidade historicamente ligada à esquerda, ao campo, ao discurso da justiça soc...

TANGO DA CONDENAÇÃO: A JUSTIÇA QUE DANÇA CONFORME O RÉU

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Por Tiago Hélcias Preparem-se, senhoras e senhores! O circo da política latino-americana voltou com mais uma de suas apresentações grotescamente geniais. No picadeiro da vez: a rainha do peronismo em queda livre e o show à parte da justiça que, no Brasil, mais parece um número de mágica mal ensaiado. Bem-vindos à tragicomédia da América Latina — onde os corruptos dançam tango e sambam na cara do povo. Caso Vialidad: Cristina, a Musa do Asfalto e da Impunidade Gourmet Argentina, terra do bom vinho, do Messi… e da impunidade temperada com sofisticação. Cristina Fernández de Kirchner, a diva decadente da política portenha, teve sua sentença de seis aninhos de prisão  em casa  confirmada pela Suprema Corte no dia 10 de junho de 2025. O motivo? Fraude administrativa com prejuízo ao Estado. O nome da série? “Caso Vialidad”. Podia muito bem estar na Netflix — categoria: drama político com final previsível. A trama é quase poética: uma ex-presidente favorece o amigão do peito (ou lara...

O Brasil nas Páginas Policiais: Estado omisso, elite privilegiada

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Por Tiago Hélcias – jornalista profissional há mais de 28 anos Blog: Hora do Papito Quando o absurdo vira manchete — e ninguém se espanta mais Eu sou jornalista há quase três décadas. Já vi de tudo, já cobri de tudo. Mas confesso que há momentos em que até minha indignação se cansa. O noticiário mais recente — sobre o roubo bilionário no INSS e os penduricalhos indecentes aprovados para magistrados — é mais do mesmo. É como se o Brasil tivesse desistido de melhorar. O que assusta não é mais o escândalo, é a normalidade com que o escândalo é tratado. INSS saqueado: o Brasil assaltando os brasileiros O que está acontecendo na Previdência é criminoso em todos os sentidos. Não só pelo rombo bilionário provocado por fraudes descaradas, mas pela omissão do Estado, que fecha os olhos enquanto o dinheiro de quem contribuiu a vida toda some no ralo da corrupção. E o povo? Morre na fila. Espera perícia que nunca chega. Se humilha por um benefício miserável que, muitas vezes, é negado por “falta ...

COMBATE À CORRUPÇÃO ESTANCA NO BRASIL

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O índice de percepção de corrupção – que reflete como cidadãos em diversos países vêem o combate a este mal – calculado para o Brasil permaneceu em 3,5 pontos, intocado em relação ao ano passado, em uma escala que varia de 0 a 10. Segundo a ONG, a situação do Brasil é ilustrativa da regional: 22 dos 32 países da região incluídos no levantamento ficaram abaixo dos 5 pontos, o que indica problemas sérios de corrupção. Destes, 11 sequer passaram dos 3 pontos, marco indicativo de corrupção desenfreada. Em sua análise para as Américas, a TI qualificou os resultados como "tendência infeliz para a região nos últimos anos". "Os esforços anticorrupção parecem ter estancado, o que é particularmente perturbador à luz dos programas de reformas de muitos governos", afirma o comunicado da ONG. JUDICIÁRIO A pontuação foi obtida pela análise de diversos indicadores – no caso brasileiro, sete foram utilizados como fonte. As pesquisas mostraram que a América Latina tem o pior nível d...

O CÁLCULO DA CORRUPÇÃO

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Para muitos a corrupção é um fenômeno facilmente explicável: seria resultado da falta de caráter, da cara-de-pau, da ausência completa de vergonha na cara tanto de corruptos como de corruptores. Seria uma questão moral. Mas o economista americano Robert Klitgaard, que estuda o fenômeno há décadas e é considerado um papa do assunto, deu-se ao trabalho de criar uma fórmula para explicar a tal da corrupção: C = M + D - A. O cálculo tem uma explicação bem lógica: corrupção seria o resultado de "monopólio" (M), mais "critério próprio" (D, do inglês "discretion"), menos "responsabilização pública" (talvez a melhor forma de traduzir "accountability", o A da fórmula). Ou seja, para Klitgaard, o clima que permite o avanço da corrupção é marcado por monopólio em alguma atividade, decisões tomadas com critérios próprios e resultados que não são alvo de responsabilização pública, não há cobrança sobre o que foi feito. Desde que eu me conheço por ge...

OITO POR CENTO DOS POLÍTICOS GASTAM EM CAMPANHAS ELEITORAIS MAIS DO QUE DIZEM POSSUIR

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legislação brasileira requer de todos os candidatos a eleições que forneçam à Justiça Eleitoral dois tipos de informações de natureza financeira: declarações de bens e todas as doações que recebem para suas campanhas. Desde as eleições de 2002 o TSE torna públicas as doações eleitorais. A Transparência Brasil solicita esses dados, submete-os a tratamento e os publica em seu projeto Às Claras ( www.asclaras.org.br ). Quanto às declarações patrimoniais, elas passaram a ser publicadas pelo TSE a partir das eleições de 2006. Antes disso, para conhecê-las era necessário recolhê-las fisicamente em cada circunscrição eleitoral. Em ambos os casos, as declarações servem para propiciar o controle do comportamento dos políticos por parte dos eleitores.