REPÚBLICA FEDERATIVA DO STF: A DEMOCRACIA DE UM HOMEM SÓ
POR TIAGO HÉLCIAS A Constituição ainda respira, mas por aparelhos. Em vez de garantir o equilíbrio entre os Poderes, ela serve, cada vez mais, como papel decorativo nos gabinetes climatizados de Brasília — especialmente na Suprema Corte. Vivemos tempos de democracia seletiva, onde o peso da Justiça varia conforme a conveniência ideológica ou o nome envolvido. Se você é aliado do governo ou parte da pauta progressista, o manto da impunidade pode até servir de cobertor. Mas se ousar desafiar a narrativa dominante, prepare-se para ser esmagado por decisões monocráticas, mandados relâmpago e interpretações criativas da lei. O que antes era exceção agora virou regra: um único ministro pode calar vozes, censurar reportagens, suspender mandatos e até ditar a moral da República. Pois bem. Isso não é ficção. Não é série da Netflix, nem distopia jurídica. É o Brasil de 2025. E não, a questão aqui não é ser Bolsonaro ou Lula. Direita ou esquerda. O que está em jogo é bem maior: até onde vai a aut...