Postagens

LEI MAGNISTSKY: E AGORA XANDÃO?! ENTENDA COMO A SANÇÃO AMERICANA PODE ATINGIR TAMBÉM O SEU BOLSO.

Imagem
POR TIAGO HÉLCIAS Quando um ministro do Supremo Tribunal Federal é sancionado por uma potência global, não é apenas um nome riscado da lista VIP do Itamaraty. É um abalo sísmico na credibilidade de um país inteiro. E é exatamente isso que está acontecendo com Alexandre de Moraes, agora envolto numa nuvem diplomática mais densa do que suas decisões monocráticas. A notícia de que ele foi incluído pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos na temida lista SDN (Specially Designated Nationals) sob a Lei Global Magnitsky não é só um fato — é um marco. A pergunta que fica no ar é direta, cortante e inevitável: E agora, Alexandre? O que é essa tal de Lei Magnitsky? Antes de mais nada, vamos tirar o juridiquês do caminho. A Lei Global Magnitsky (GLOMAG, para os íntimos) é uma arma diplomática — fria, silenciosa e cirúrgica. Criada pelos EUA para punir violadores graves de direitos humanos e corruptos de alto escalão em qualquer parte do mundo, ela não precisa de julgamentos nem tribunais. ...

MAPA DA FOME: ENQUANTO GOVERNO LULA COMEMORA, IBGE AFIRMA QUE REALIDADE É BEM DIFERENTE - QUEM DIZ A VERDADE?

Imagem
POR TIAGO HÉLCIAS Sabe aquele alívio que a gente sente quando recebe uma boa notícia, mas o estômago ainda está roncando? Pois é. O Brasil foi retirado, mais uma vez, do tal Mapa da Fome da ONU. E, como era de se esperar, o governo fez disso um desfile de vitória, com bandeirinhas, fogos e manchetes nos principais portais do país. Mas… e se esse “sumiço” do mapa for menos milagre e mais malabarismo metodológico? Aqui no blog, eu não engulo nada sem mastigar. E, neste caso, o prato principal é temperado com dados, política e uma pitada generosa de questionamento. Vamos à mesa? A SAÍDA DO MAPA: UM “PLIM PLIM” NO RELATÓRIO, UM SHOW NA PROPAGANDA A tal boa nova veio no relatório SOFI 2025 da ONU — aquele tipo de documento que pouca gente lê, mas todo político ama citar. Segundo a FAO, o Brasil atingiu menos de 2,5% na chamada Prevalência de Subnutrição (PoU), que é o índice mínimo exigido para um país sair do Mapa da Fome. E, com isso — sumimos da lista da vergonha. No triênio 2020-2022, e...

REPORTAGEM UOL: EMPRESA DE SENADOR DE SERGIPE RECEBE EMENDAS DA PRÓPRIA BANCADA NO VALOR DE R$ 656 MIL

Imagem
POR TIAGO HÉLCIAS Em reportagem exclusiva, o UOL aponta que uma empresa ligada ao senador Laércio Oliveira recebeu recursos de emendas parlamentares. O caso levanta suspeitas e silêncio institucional. Enquanto você contava moedas pra comprar um pacote de café e fazia malabarismo com o Pix pra pagar a conta de luz, teve gente em Brasília que recebeu R$ 656 mil – e não foi de herança, não. Foi via emenda parlamentar. Agora segura: segundo uma apuração criteriosa do portal UOL, o dinheiro foi parar justamente numa empresa de um senador da República. E não qualquer senador. Um sergipano. Conhecidíssimo. Com longa estrada e farta biografia política. Mas calma. Vamos por partes. Como diria Jack — o estripador e os analistas jurídicos prudentes. O DINHEIRO QUE VEIO DA PRÓPRIA BANCADA De acordo com a reportagem do UOL (sempre ela, a fonte), a empresa Franca Vigilância, de segurança privada, recebeu recursos públicos em 2022 e 2024. E adivinha quem é sócio da empresa desde 2016? Ele mesmo: sena...

BRASIL: O PAÍS QUE GRITA “SOBERANIA” ENQUANTO SE VENDE EM SILÊNCIO

Imagem
POR TIAGO HÉLCIAS De umas semanas pra cá, “soberania” virou trend topic — não no Twitter (X), mas nos discursos inflamados, nos debates de botequim e, claro, nas falas indignadas do atual governo, que adora gritar ao mundo que o Brasil é um país soberano, sim senhor. Bonito no cartaz, bonito no slogan. Mas… será mesmo? Talvez valha a pena tirar a palavra da boca dos palanques e das postagens e devolvê-la à prateleira do bom senso. Vamos estudar um pouquinho? Soberania: Do Latim ao Latim Juridiquês A ideia de soberania não nasceu nas lives do governo, nem nos posts de “influenciadores patrióticos” que mal sabem a diferença entre PIB e Pix. Ela vem de longe. Da Idade Média. Mas ganhou cara, forma e polegares opositores no século XVI com Jean Bodin, um francês que, muito antes do TikTok, já falava em poder “absoluto e perpétuo” de um Estado. Curiosamente, aqui em Portugal — país com vocação para a introspecção histórica — a soberania também ganha contornos simbólicos. No alto do edifício ...

EXTRA-EXTRA: UNIÃO EUROPEIA FECHA ACORDO COM EUA E ENSINA O BRASIL A FAZER DIPLOMACIA DE VERDADE

Imagem
POR TIAGO HÉLCIAS Um Brinde ao Xadrez Diplomático… Feito Sem o Brasil Enquanto os europeus brindam com whisky envelhecido nas Highlands, celebrando um acordo bilionário que reduz tarifas e injeta grana pesada nos dois lados do Atlântico, o Brasil observa tudo da arquibancada — sem nem ter comprado ingresso. A União Europeia, com a habilidade de quem joga xadrez político com taça na mão, conseguiu nesse domingo, 27 de Julho, algo que, sinceramente, é de aplaudir: cortaram tarifas de importação pela metade com os EUA e ainda garantiram acesso ao bolo de US$ 600 bilhões do Inflation Reduction Act. Sim, meus amigos. Isso mesmo: a grana que os EUA separaram para impulsionar a sua indústria verde agora também vai beneficiar empresas europeias. E como? Com diplomacia de verdade — daquela com comissários em campo, reuniões estratégicas, e, claro, zero ideologia barata. Ursula von der Leyen esteve pessoalmente na Escócia para negociar com os americanos, e voltou com mais que um brinde na bagage...

JOGO DAS CADEIRAS: UMA REFLEXÃO SOBRE INDICAÇÕES POLÍTICAS NO STF E TRIBUNAIS DE CONTAS

Imagem
POR TIAGO HÉLCIAS No Brasil, sentar em uma cadeira do Supremo Tribunal Federal ou em um Tribunal de Contas não é apenas uma ascensão de carreira – é um ritual de consagração política. Mas quem indica? Quem aprova? E, mais importante: a quem esses senhores e senhoras devem fidelidade? Este não é um texto para lançar acusações contra A, B ou C. Seria fácil demais. A proposta aqui é mais incômoda: questionar o sistema. Expôr o arranjo, o teatro, o velho jogo do “você me deve essa”, que segue firme nas engrenagens do poder institucional brasileiro. O Jogo das Cadeiras e a Arte de Indicar No intrincado tabuleiro da política brasileira, poucas jogadas são tão estratégicas e reveladoras quanto as indicações para cargos de alto escalão. Seja no Supremo Tribunal Federal (STF), guardião da Constituição, ou nos Tribunais de Contas dos Estados (TCEs), que fiscalizam o erário público, a caneta do poder desenha destinos e molda a paisagem institucional. Em vez de questionar a idoneidade individual d...

REPÚBLICA FEDERATIVA DO STF: A DEMOCRACIA DE UM HOMEM SÓ

Imagem
POR TIAGO HÉLCIAS A Constituição ainda respira, mas por aparelhos. Em vez de garantir o equilíbrio entre os Poderes, ela serve, cada vez mais, como papel decorativo nos gabinetes climatizados de Brasília — especialmente na Suprema Corte. Vivemos tempos de democracia seletiva, onde o peso da Justiça varia conforme a conveniência ideológica ou o nome envolvido. Se você é aliado do governo ou parte da pauta progressista, o manto da impunidade pode até servir de cobertor. Mas se ousar desafiar a narrativa dominante, prepare-se para ser esmagado por decisões monocráticas, mandados relâmpago e interpretações criativas da lei. O que antes era exceção agora virou regra: um único ministro pode calar vozes, censurar reportagens, suspender mandatos e até ditar a moral da República. Pois bem. Isso não é ficção. Não é série da Netflix, nem distopia jurídica. É o Brasil de 2025. E não, a questão aqui não é ser Bolsonaro ou Lula. Direita ou esquerda. O que está em jogo é bem maior: até onde vai a aut...