NA PRATELEIRA DAS PESQUISAS, O CLIENTE SEMPRE TEM RAZÃO
POR TIAGO HÉLCIAS Ao longo dos meus 30 anos de jornalismo, o que pouca gente sabe é que também atuei nos bastidores do marketing político — já trabalhei em campanhas de Norte a Sul do Brasil. E, por experiência própria, sei o quanto uma pesquisa pode pesar numa disputa. Tem pesquisa para todos os gostos e para todos os tipos: vai de acordo com o interesse do candidato A ou do candidato B. Existe até uma história famosa entre marqueteiros de que um cidadão foi contratado para fazer uma pesquisa sobre Jesus, e perguntou logo de cara: “Quer que apareça contra ou a favor?”. O que quero dizer é que pesquisa segue a conveniência de quem encomenda. E, por isso, é preciso estar atento às entrelinhas. Já vi pesquisa derrubar favorito e fabricar azarão da noite para o dia. Então, quando alguém me joga números na mesa, minha primeira reação não é bater palma — é levantar a sobrancelha. Aliás, esse tema não é a primeira vez que abordamos aqui no blog. E agora temos mais um exemplo fresco: a nova p...