Por Tiago Hélcias Meu querido André, Como é difícil escrever isso. Como é difícil aceitar que você não está mais entre nós fisicamente. Você, que ultimamente desafiou o tempo e a medicina com sua força, sua vontade de viver, sua fome de mundo. A gente sabe que você não era unanimidade no jornalismo sergipano e nem entre os políticos — e talvez isso te orgulhasse, do seu jeito — mas ninguém pode negar que você era um profissional de primeira qualidade. Um publicitário brilhante, um “vendedor da notícia” como ninguém. Não havia em Sergipe alguém que enxergasse com tanta precisão as entrelinhas, que soubesse interpretar os bastidores com o teu olhar analítico, apurado, quase cirúrgico. Um observador privilegiado da política, com uma inteligência afiada e inquieta. Aprendi muito com você. Nossa amizade foi construída ao longo de décadas — dividimos bancadas de tv e rádio, dividimos os bastidores, dividimos o silêncio e os sorrisos. Nos momentos bons e nos desafiadores, você estev...
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