ROCK MUNDIAL DE LUTO
e Richard Wright (à direita) (Foto: AP)
Para quem sonhava com a volta da formação consagrada do Pink Floyd para uma turnê mundial o sonho acabou com a morte do tecladista Richard Wright nesta segunda-feira aos 65 anos de câncer. A notícia foi dada por um comunicado da família que não deu detalhes sobre a doença, apenas disse que ele teve uma "curta batalha" com o câncer.
Assim sendo, a última performance da banda foi em 2005 no Live 8, quando começaram as especulações de uma volta com sinais de fumaça animadores e desanimadores se sucedendo ao longo dos anos. Wright foi posto para fora do Pink Floyd por Roger Waters durante as gravações de ''The wall'' no final dos anos 70 por questões pessoais.
Waters usou seu poder de principal compositor da banda para dizer a David Gilmour e Nick Mason que era ele ou Wright e os outros baixaram a cabeça. Apesar isso, Wright concordou em fazer a turnê de "The wall" como músico contratado e só voltou a ser efetivo da banda quando houve a reunião sem Waters em plena briga pelo nome da banda, vencida pelos três.
Waters se redimiu recentemente quando convidou Wright para fazer a turnê que passou pelo Brasil e incluía a íntegra de "Dark side of the moon", mas ele não aceitou alegando gravação de trabalho solo. Duas músicas fortes do álbum "The great gig in the sky" e "Us and Them" são dele, além de contribuições fortes em "Breathe" e "Time". Wright tocou com Gilmour solo em uma turnê e no último álbum do guitarrista "On an island".
Ele participou do show que Gilmour fez em Gdansk, Polônia, berço do Sindicato Solidariedade, "Live in Gdansk", que sai no próximo dia 23 lá fora. Ele também participou da turnê solo de Gilmour em 2006 que está no DVD "Remmeber that night - Live at the Royal Albert Hall", lançado no Brasil ano passado.
Nos anos 80 teve uma banda chamada Zee que gravou apenas um disco, "Identity", lançado em 1984. R.I.P.
O vocalista David Gilmour, que se juntou à banda em 1968 logo após a saída de Syd Barrett, escreveu uma nota em seu blog nesta segunda-feira lamentando a morte do companheiro:
"Eu realmente não sei o que dizer além de que ele era um homem amável, gentil e genuíno e que fará uma falta terrível a tantos que o amavam. E são muitas pessoas. Não era ele quem ganhava as maiores salvas de palmas ao final de cada show em 2006?", lembrou.

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