O PODER DO VOTO

A preocupação de chamar atenção da sociedade para assuntos polêmicos e do dolo que cada um de nós possui enquanto cidadão foi um dos principais norteadores do programa. Várias vezes usei a força do microfone para alertar a sociedade quanto ao seu papel, na construção de um país melhor.
Culpar, simplesmente, a classe política sobre os desmandos que nos acostumamos a ver e ouvir é no mínimo fazer como Póncio Pilatos, lavou ás mãos e livrou-se da decisão de crucificar Jesus, pensando, talvez, que com este ato ele estaria se livrando do peso e da responsabilidade. Foi fraco e covarde.
O que quero dizer com esta analogia é que não podemos esquecer que alguém foi lá na urna e colocou no poder certos “meliantes”, é claro que eu estaria cometendo uma injustiça se fosse aqui generalizar, acredito, Ainda, que tem muita gente bem intencionada, mas infelizmente, a minoria acaba pagando pelos erros da maioria.
Um simples apertar de botão pode colocar em risco o futuro de uma cidade, de uma nação e claro, o seu futuro, o futuro das próximas gerações, neste quesito, chamo atenção para os jovens, O que explica a falta de interesse pela política? Tenho percebido uma alienação que tem me causado espanto nas ruas e universidades de todo país.
Muitos, dizem que não gostam de política, que não se envolvem nestas questões, lamentável, esquecem que a política está intrínseca em nossas vidas, em todos os momentos. Cabe a nós, “jovens há mais tempo”, mostrar que é somente através dela que poderemos transformar, pra melhor, o nosso presente... o nosso futuro.
Estamos nos aproximando de mais uma importante decisão: o dia do voto! O Tribunal Superior Eleitoral e os Tribunais Regionais estão se empenhando para conscientizar os eleitores sobre o valor do voto no dia 5 de outubro. Na TV, no rádio ou em outdoors, os eleitores são incentivados a refletirem sobre a importância das eleições 2008, quando serão escolhidos prefeitos e vereadores em todo País.
A preocupação da Justiça Eleitoral tem uma única razão: procurar colocar na cabeça do eleitor que o voto não tem preço e que, principalmente, precisa ser levado a sério. Até por que, quem vende o voto é tão corrupto quanto quem compra.
A preocupação da Justiça Eleitoral tem uma única razão: procurar colocar na cabeça do eleitor que o voto não tem preço e que, principalmente, precisa ser levado a sério. Até por que, quem vende o voto é tão corrupto quanto quem compra.
Agora, no Brasil, temos uma situação que a cada ano se agrava, famílias inteiras se tornam reféns do “coronelismo político” ou “curral eleitoral”. O fato é mais evidente nas cidades interioranas, são nestas cidades que o “cajado” é passado sempre de pai pra filho, de avô pra neto... e por toda árvore genealógica. Todos, absolutamente todos, aproveitam da condição de miserabilidade do povo para se perpetuarem no poder.
Para estas famílias, o voto vendido resolve problemas simples, como as contas de luz e água vencidas, o botijão de gás que esvaziou, o cimento que falta para ampliar o “puxadinho” e por aí vai. Resolvem o problema de imediato, e assim, os “pobres cidadãos-eleitores” se convencem que o tal político é o melhor para eles.
No dia em que os poderes constituídos, as organizações não governamentais e toda a sociedade fizerem a sua parte, quem sabe esta dura realidade possa ser mudada, no mais, estamos fadados a ver e ter no poder, gente sem nenhuma capacidade, comandando o futuro de milhares de pessoas.
Até quando? Esta resposta deve ser dada nas urnas.
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