É DEUS NO CÉU E LULA NA TERRA

Nesta época eleitoral, todo mundo quer uma "boquinha" no vácuo da super popularidade do presidente Lula alcançada este mês de setembro. Os números são os melhores de todos os tempos, nunca na história deste país, um governante chegou aos 80% de aprovação, como apontou pesquisa da CNI/IBOPE divulgada ontem por toda a mídia.
O efeito foi imediato, em todo país candidatos quase que se estapeiam na tv e no rádio, os programas eleitorais mostram isto, é como se o presidente tivesse a condição, de fato, de transferir votos, em alguns casos pode até acontecer, mas, é tudo muito relativo.

A "coisa" funciona assim: se o negócio apertar joga o Lula na telinha, candidadatos utilizam um "VT GENÉRICO", ou seja, que não fala o nome de ninguem, em seus programas. Os eleitores devem se perguntar: afinal de contas, Lula apoia quem? Eu respondo, O presidente apoia todos! Isto, é fruto de uma estratégia montada para não desagradar nem os correligionários do PT e nem dos outros partidos aliados. O presidente sabe que não se governa sozinho e trata logo de manter esta escrita.

Em Maceió, por exemplo, o presidente apareceu "pedindo" voto ao próprio PT, que possui candidatura majoritária e ao PP, partido pelo qual tenta a reeleição o prefeito Cícero Almeida. É o verdadeiro samba do criolo doido..., casa da mãe Joana. Ideologia partidária? Coisa do passado! Para seduzir o eleitorado, as armas utilizadas ultrapassam todos os limites.
O jornal espanhol "El Pais", traz hoje em sua edição uma matéria que fala especificamente sobre isto e conta que em algumas cidades, candidatos da oposição, após fracassarem na busca pelo respaldo do presidente chegaram ao extremo ridículo de contratar alguém para imitar sua voz e lhes conceder seu consentimento publicamente, é um verdadeiro absurdo!!
Neste contexto, fica difícil em quem acreditar e a quem cobrar, cadê a tal coerência?
Agora, não há como negar, mais do que eleger "aliados", a campanha municipal é o termômetro para as eleições presidenciais, servirá para saber se o Partido dos Trabalhadores vai sair com força suficiente para eleger um candidato próprio em 2010, a atual ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, seria a continuidade do chamado "lulismo" sem Lula.

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